Na última sexta feira a política da capital amanheceu com o Comunicador Nilvan Ferreira em postagem no seu Instagran, anunciando sua desistência da disputa à Prefeitura Municipal de João Pessoa.
Para muitos uma surpresa, visto que, o mesmo despontava como o grande opositor do atual prefeito da cidade Cícero Lucena, tanto pelos números já divulgados em pesquisas, quanto pelo movimento popular nos quatro cantos da cidade de apoio a sua dada como certa disputa no pleito.
Surpresa aliviada para alguns que tinham consciência da força do voto do jornalista na capital, já por duas vezes demonstradas, quando em 2020 disputou a prefeitura no segundo turno com o atual prefeito, perdendo por uma diferença de apenas 22.025 votos.
Já em 2022 disputando o governo do estado obteve 123.174 votos ficando em primeiro lugar na preferência do eleitorado da cidade, tendo enfrentado o próprio governador em campanha para a reeleição auxiliado pelo prefeito da capital, e o candidato do grupo Cunha Lima.
Outro fato que demonstra o capital eleitoral de Nilvan na cidade é que sua campanha ao governo do estado foi sabotada pelo próprio partido não lhe permitindo o mínimo de condição possível para uma disputa mais justa, mais equilibrada, o que dificulta bastante o desempenho no pleito.
Em Nilvan fora da disputa, parece que a cidade ruma para reeleger o atual prefeito, embora seu desempenho à frente da Prefeitura tenha ao menos no entendimento da população sido muito abaixo do devido, de regular a ruim, isto é refletido no índice de rejeição e desaprovação nas ruas.
Falando assim pode parecer desprezo aos demais candidatos, entretanto não é, a questão é que Nilvan era o nome a ser vencido, tanto pelo atual gestor, quanto pelos demais postulantes ao cargo, dado como já dito a capacidade de conquistar os votos do eleitorado pessoensse.
Além deste fator preponderante, a capital vive uma corrida tensa e meio que tresloucada de candidatos a disputa, com uma indefinição do bloco do PT, partido do Presidente e aliado do governador, tendo quem defenda unidade com o mesmo, a incerteza de quem vem pelo PSOL.
Ainda tem o pré-candidato do PODEMOS, Ruy Carneiro que tenta consolidar o nome como o da oposição com a saída de Nilvan e num capitulo a parte o PL com a aposta infeliz, mas, consciente e intencional de lançar o mais insólito de todos os nomes, o ex-ministro Marcelo Queiroga.
Como se tudo isso não bastasse para corroborar com a reeleição de Cícero Lucena vem o que sobrou do triunvirato Dep. Federal Cabo Gilberto e Dep. Estadual Walber Virgulino se auto proclamarem legítimos herdeiros da vaga de Nilvan Ferreira.
Pode não parecer, mas, existe uma gama de incautos na política que seguem os dois e que começa, acreditar nessa excitada ideia como possível e viável condição e que acaba por produzir ranhuras em outras proposituras de oposição, favorecendo obviamente o atual prefeito.
Esta desvairada ideia advinda da total falta de percepção, habilidade e senso crítico para a política, já antes soltada ao vento, é sem dúvida alguma uma das grandes responsáveis pelo desfecho da impossibilidade que se fez à candidatura de Nilvan em João Pessoa.
E é assim que os eleitores da capital veem as eleições neste ano, um imbróglio!