A semana está sendo de mobilizações em Brasília em defesa do chamado Perse, Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, que foi instituído em 2021 e tem como principal objetivo amenizar os severos prejuízos do setor, que foi um dos mais atingidos pelos efeitos da pandemia de covid-19 em virtude das medidas de isolamento social.
Desde o ano passado, no entanto, o governo federal tem atuado no sentido de acelerar o fim do programa, o que representaria um duro golpe para um dos segmentos mais importantes da economia no país. É o que explica o presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Campina Grande, Divaildo Júnior, que está na capital federal ao lado de várias entidades e lideranças paraibanas participando das mobilizações.
“O programa é lei, cumpriu todo o trâmite legislativo, mas mesmo assim o Perse passou a ser atacado pelo governo desde o fim do ano passado, causando insegurança jurídica e demonstrando falta de respeito com o setor que mais foi penalizado com a pandemia”, frisou Divaildo.
“O Perse não é apenas um programa de isenção de tributos. Muito pelo contrário. Ele traz, em seu bojo, um Refis de todo aquele período em que as empresas ficaram fechadas e tiveram que arcar com um prejuízo enorme para não demitir nem fechar as portas”, acrescentou o presidente do SindCampina, explicando que o refinanciamento, inclusive, representa uma receita expressiva para o governo.
Por isso, de acordo com Divaildo, a manutenção do Perse significa a defesa da geração de divisas, emprego e renda, sobretudo na região Nordeste, que tem sua economia fortemente ligada ao setor contemplado pelo Perse e que está ameaçada pelo que qualificou como sanha arrecadatória do Governo Federal.