No requerimento protocolado nesta quinta-feira pela bancada de oposição para instalar duas comissões parlamentares de inquérito na Câmara Municipal de Campina Grande, um detalhe que chama a atenção é uma manobra regimental relacionada à CPI para investigar supostas irregularidades no programa Saúde de Verdade.
No documento, a bancada indica duas testemunhas, os vereadores Alexandre do Sindicato e Luciano Breno, líderes (mesmo que hoje informalmente) do governo Bruno Cunha Lima na Câmara.
Ocorre que, de acordo com o Regimento Interno da Casa de Félix Araújo, os vereadores que forem arrolados como testemunhas em uma CPI ficam, naturalmente, impedidos de compor a comissão.
Ou seja, Bruno, que já tem dificuldades profundas de encontrar porta-voz em sua hoje diminuta bancada, não poderá contar com dois homens estratégicos em sua defesa dentro da comissão.