"Habilidade de conquistar o futuro vai pertencer às pessoas que conseguem ver o que as outras não veem" - Regina Amorim


Enquanto o mundo muda rapidamente, a habilidade de conquistar o futuro vai pertencer às pessoas que conseguem ver o que as outras não veem. Essa habilidade é denominada criatividade, muito valorizada no cenário contemporâneo dos negócios.

Ter uma boa ideia para solucionar um problema ou mudar o mundo, exige mais que criatividade, mas também o pensamento não convencional, que pode levar a resultados surpreendentes e inovadores. Pessoas com modelo mental de crescimento são mais criativas, observadoras e curiosas. Buscam o aprendizado, acreditam no sucesso e vencem os desafios.

Estamos perdendo a capacidade de ver o mundo à nossa volta, quando damos mais atenção a um smartphone e outros aparelhos eletrônicos, enterrando nossa curiosidade e reduzindo a nossa visão para as oportunidades de negócios que nos rodeiam.

O futurista John Naisbitt e autor do livro Megatendências (1982) é conhecido por acreditar no poder da observação e da curiosidade. Para ele, “a maneira mais confiável de antecipar o futuro é entender o presente”.

A curiosidade e a simplicidade nos preparam para o trabalho bem-sucedido em qualquer área. No turismo é muito importante a escolha de um tema, para formatar uma rota ou roteiro turístico que transmita significado, simplicidade e seja memorável. Que esteja adequada à demanda de consumo, por experiências autênticas e interessantes.

Ótimas ideias impactam positivamente o comportamento dos consumidores e dos empreendedores de um território criativo, por isso a cada dia, aumenta mais o interesse de consumidores pela cultura local e regional.

Nem sempre é possível entender o valor cultural, diante da diversidade de oferta em um mundo acelerado. Perceber esses ganhos com a cultura do lugar é uma tendência, porque ela tem seu valor e inspira os visitantes e a comunidade.

As tendências podem ser um sinal de que você precisa abandonar o que não é seu e passar a valorizar mais o que já pertence ao seu território. Isso é diferencial competitivo, singular, único, exclusivo, que agrega valor a todos os negócios do município e ainda gera ganhos econômicos e sociais.

Desviar o olhar de governantes, empresários e da sociedade, para pessoas comuns, muitas vezes sem estudos, mas talentosas e criativas, pessoas guerreiras, que lutam à margem de uma economia tradicional é colocar-se no lugar do outro e poder ver o mundo de novos ângulos. É enxergar o que nem todos veem e preparar-se para o futuro.

O crescimento da identidade digital está criando uma geração incapaz de sentir empatia. Por isso o turismo é tão importante para o desenvolvimento de um território. Uma história que marca o visitante e o turista é aquela que emociona, que torna a experiência mais autêntica, mais humana e desejável.

Quando uma cultura morre, o que se perde é uma profunda sabedoria e com ela desaparece a nossa capacidade de revelar e compreender o nosso passado, o conhecimento sobre nós e como podemos sobreviver no futuro.

Vivemos em uma sociedade tecnológica que nos sobrecarrega de conteúdos e informações superficiais.  Apesar da vida complexa, as pessoas demandam experiências mais simples, que proporcionem o sentimento de memória afetiva e que façam lembrar de épocas memoráveis e inusitadas.

Essa mudança está no centro das tendências e se apresenta fortemente nas festas populares, no artesanato, na gastronomia, como uma forma de preservar a nossa história e nossa identidade cultural, por mais simples que ela represente. O encanto pelo passado está infiltrado na indústria do turismo e do entretenimento, levando consumidores a buscarem experiências tradicionais que resistirão ao tempo, a exemplo o artesanato e a cultura popular.

Quando compramos um artesanato, nos sentimos ligados ao passado, pois compramos diretamente de quem produziu a peça. Melhor ainda quando participamos de uma oficina de artesanato, aprendendo e estabelecendo uma conexão com as pessoas de uma comunidade tradicional.

Sugiro ao leitor vivenciar a Rota dos Festejos Juninos Vale dos Sertões, em Patos, São Mamede e Santa Luzia. Reviver a cultura junina autêntica é também preservá-la, voltar às coisas mais simples, diante de um mundo que se move cada vez mais rápido.

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