O mundo passa por um processo de transformações tão profundas e desafiantes, que gera descontinuidade do modelo convencional estabelecido. Isso nos leva a pensar que não tem sentido ficar presos aos modelos tradicionais de gestão, mas adaptar-se ao novo cenário de negócios, que responda assertivamente às demandas do mercado. É preciso ter sensibilidade para antever o futuro, explorar as oportunidades que surgem, no ambiente em que a empresa está inserida, pois as oportunidades de uma empresa residem fora dela.
Para o pensador Michael Porter “o ponto crítico de toda estratégia é o ato de fazer escolhas”. Em um ambiente de mudanças cada vez mais aceleradas, as práticas de gestão com base no modelo tradicional, podem levar a empresa ao fracasso. A inércia é o estado mais perigoso em ambientes competitivos e dinâmicos.
É hora de fazer escolhas para acompanhar as mudanças. Empresas estão se tornando irrelevantes por fazer, com excelência, a mesma coisa durante muito tempo.
Já sabemos que a tecnologia contribui para a inovação e torna esse processo mais democrático e acessível do que no passado. Também potencializa o pensamento estratégico mais dinâmico e mais flexível, adequado às frequentes mudanças no ambiente corporativo. Estamos cientes de que mercados são definidos pelo comportamento de seus consumidores e pelas demandas que estes esperam que sejam atendidas. O que não temos certeza é como será o mundo daqui a alguns meses, já que novas tecnologias e novas soluções surgem diariamente no cenário empresarial.
Os efeitos da tecnologia permitem que uma empresa consiga harmonizar foco e abrangência de sua rede de relacionamentos, com mais condições de atender aos consumidores, o que lhe garante uma vantagem competitiva.
Às vezes é preciso mudar o rumo das suas estratégias e se aliar a um novo concorrente para atingir os resultados desejados. Foi o que aconteceu com as locadoras de automóveis diante do novo serviço de aplicativos de transporte e locomoção, como UBER e 99. Em vez de focar no problema, focar na oportunidade. A rede de abrangência mostrou que as locadoras podiam alugar veículos para os serviços de aplicativos de UBER e outros.
Pesquisa da ABLA – Associação Brasileira das Agências de Locadoras de Veículos (2020) aponta que 25% de motoristas de aplicativos no Brasil utilizam veículos alugados para trabalhar, o que corresponde a mais de 150 mil veículos destinados a esse negócio. Esse é um belo exemplo que mostra o quanto a flexibilidade pode reduzir os riscos de uma estratégia, em um ambiente de transformação. O resultado é uma empresa capaz de se reinventar e inovar continuamente e potencializar a transformação sustentável de seu negócio.
A gestão de dados é essencial para colocar os clientes no centro das estratégias empresariais e elevar a empresa para outro patamar competitivo. Um dos aprendizados mais relevantes é a necessidade de nos adaptarmos a um ambiente incerto, instável e imprevisível, mas que preze pela agilidade e pela gestão de dados.
Um dos modelos de negócios que surgiram com força nos últimos anos foram as plataformas de negócios. Todos os negócios têm potencial para se transformar em poderosas plataformas. O modelo de negócio é a representação de toda a lógica de criação e entrega, na medida em que mobiliza os recursos necessários, da empresa.
A gestão de dados é essencial para a evolução das plataformas, considerando o volume de informações e as práticas de relacionamentos com seus usuários. Engajar audiência é o principal caminho de sucesso para esses novos negócios.
A pandemia intensificou a revolução tecnológica e estar conectado se tornou uma necessidade de sobrevivência no mundo contemporâneo. A velocidade das mudanças é resultado do atual nível que atingimos com o avanço da ciência e da tecnologia. É preciso continuar a superar medos e inseguranças, ao caminhar para uma economia de base tecnológica, colaborativa e abundante.
A infraestrutura tecnológica proporciona um ambiente favorável para empresas que desejam ser criativas. A criatividade tecnológica tem efeitos reais no futuro, pois permite criar inovações que impactam a maneira como vivemos, como negociamos e organizamos o trabalho.