Leia o novo artigo de Regina Amorim no portal Hora Agora - Economia Criativa


É preciso registrar os resultados do desenvolvimento do turismo por todas as regiões do estado da Paraíba, as experiências autênticas, as pessoas que conhecemos e as transformações que fomentam novos negócios. 

A atividade empreendedora cria conexões com a diversidade cultural do lugar e favorece o turismo criativo e colaborativo, através das novas ideias para melhorar e inovar os pequenos negócios no território. Empresas que não evoluem se tornam desinteressantes para os consumidores, por isso, melhorar e buscar soluções diferentes é apenas uma das várias preocupações do empreendedor criativo. Os pequenos negócios estão por todas as regiões da Paraíba. São flexíveis, criativos e desafiam os padrões tradicionais, fortalecem a governança e estão em rede, buscando inovar usando a criatividade e as boas parcerias com os segmentos da economia criativa.

Recentemente conheci o sanfoneiro, artesão e poeta, Antônio Oliveira, do município de Nova Palmeira – PB, que criou o espaço “Casa do Matuto”, no meio rural. Ele se prepara para receber turistas, contando a sua história ao som da sanfona e externando de onde vem a sua inspiração para desenvolver as peças artesanais. Está firmando parceria com Matheus, o artista de Picuí-PB, para que a sua arte de muralismo embeleze os muros da simples e aconchegante, Casa do Matuto. 

Outra referência positiva são as doceiras empreendedoras do Sítio Quixaba, Picuí- PB, em fase de ampliação desse negócio criativo e coletivo, para receber os visitantes. Inicialmente os turistas serão recebidos debaixo da sombra de uma árvore, com mesa e banquinhos de madeira, respirando o ar puro e degustando os saborosos doces “Delícias da Quixaba”, com e sem açúcar. Percebi que essas doceiras empreendedoras têm em comum, a capacidade de reinvenção e de executar o que sonharam. O lugar também terá um espaço instagramável para encantar os visitantes e turistas. 

Ainda no município de Picuí é importante destacar o empreendedorismo criativo do restaurante rural Olho D’água das Onças e o Museu da Caatinga. Somando às experiências turísticas, o empresário Edson Calado, oferece área de camping, trilha noturna pela reserva Olho D’água das Onças, o mirante 360 graus e atividades educativas, para que se reflita sobre os ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. O gigantesco painel de arte visual produzido pelo artista Wilis Cavalcante, nos impacta positivamente ao chegar no restaurante, destacando a onça sussuarana e o ambiente da caatinga. Edson é um amante da natureza preservada, um empreendedor movido pelo desejo de transformação social e geração de um legado, de tornar o mundo melhor ao seu redor. 

O Jackson também é outro exemplo de empresário, da cidade de Picuí – PB, que se destaca pelo excelente atendimento aos hóspedes da pousada Tertuliano, com trinta apartamentos, sendo um acessível e outro para noivos.

Para os empreendedores criativos, todos os dias surgem novas histórias, novos negócios e recomeços, de empreendimentos inspiradores, que propõem novos olhares, quebram paradigmas existentes e mudam a história das empresas tradicionais. É fácil compreender como as regiões paraibanas cultivam hábitos simples, sem ostentação, porque o simples convence, fascina e emociona qualquer visitante. Além de considerar toda a dinâmica do desenvolvimento do turismo, também é importante estar atento às grandes transformações da humanidade no século XXI. Nesse contexto, segmentação de mercado, sustentabilidade, participação, experiência turística e tecnologia, devem estar presentes entre as várias organizações públicas e privadas, para entregar a qualidade desejada, aos visitantes e turistas.

Para que o turismo cresça em um determinado território é necessário que o poder público, a iniciativa privada e a produção associada ao turismo atuem de forma coordenada. A conservação do patrimônio histórico material e imaterial e do meio ambiente são funções do poder público, da comunidade e dos empresários. É provável que o turismo criativo e colaborativo seja a melhor saída para o crescimento responsável dos destinos turísticos. Quanto mais rápido forem os processos colaborativos, mais competitivo será o local turístico.

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