Ninho tucano não foi montado para eleger Papa-léguas em Campina Grande


Na repercussão da imagem, já mostrada no portal, da frágil nominata do PSDB em Campina Grande, a leitura exata evidencia que o partido, que já foi uma força de primeira grandeza na cidade, foi montado para tentar eleger um nome para a Câmara de Vereadores: Ronaldo Cunha Lima Neto.

Debutante na política e, naturalmente, desconhecido, o jovem, contudo, dispensa maiores apresentações por se tratar de (mais) um herdeiro do ex-prefeito e ex-governador Ronaldo Cunha Lima, este um dos mais expressivos líderes políticos da história da Paraíba.

No discurso, os tucanos podem até falar em eleger três vereadores, quem sabe até quatro, mas a conta fica muito mais para a retórica de todo partido, que sempre infla as possibilidades reais.

Na ponta da caneta, o tucanato de Campina Grande não tem o bico tão grande e vai lutar para eleger um. E é mais do que claro que o primeiro na lista das pretensões partidárias-familiares não é o ex-vereador Dinho do Papa-léguas. O PSDB foi montado para buscar garantir uma cadeira para Ronaldo Neto. Ponto.

Dinho, que é inteligente, decerto sabe disso tão bem quanto qualquer analista político. E mais certo ainda é que não ficou no partido pensando em bater esteira para o jovem Ronaldo. 

Das duas, uma: ou o ex-vereador aposta mesmo em dois eleitos pelo PSDB ou, o mais provável, acredita que conseguirá surpreender e, invertendo a lógica, superar o poderio da oligarquia Cunha Lima e provar que Papa-léguas se cria em ninho de tucanos.

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