Após ter completado dois meses desde que treze vereadores subscreveram dois requerimentos de instalação de comissões parlamentares de inquérito na Câmara Municipal de Campina Grande sem que tenha havido qualquer ato da mesa diretora para dar andamento à matéria, o vereador Anderson Pila (PSB), líder da oposição, confirmou que protocolou ofício nesta quinta-feira, 16, exigindo a instalação das CPIS.
De acordo com Anderson, o ofício requer que a mesa diretora, através do seu presidente, vereador Marinaldo Cardoso, dê prosseguimento imediatamente aos pedidos de instalação das CPI’s, conforme determina o Regimento Interno da Câmara e a legislação federal.
“Completou dois meses dos protocolos feitos pela oposição na Câmara Municipal para instalação das CPI’s e já passamos do limite da espera, inclusive com a paciência da oposição com o retardamento da instalação. Não admitiremos mais essa postura. O presidente precisará dar seguimento aos pedidos”, afirmou Anderson Pila.
O parlamentar explicou, inclusive, que o ofício estabelece o máximo de cinco dias para que o presidente da Casa adote as medidas necessárias. “Vamos usar apenas o regimento, não queremos politizar as CPI’s, mas apurar o que conta dos pedidos. Exigimos, com todo respeito, que a presidência cumpra o regimento e lei, sem novos adiamentos”, completou o vereador.
INVESTIGAÇÃO
Reunindo treze assinaturas, quando seriam necessárias apenas oito, os vereadores de oposição atenderam a todos os requisitos para a instalação das comissões parlamentares de inquérito, que têm como objetivo investigar supostos indícios de irregularidades na licitação do programa Saúde de Verdade e nos dados fiscais apresentados pelo prefeito Bruno Cunha Lima ao Tribunal de Contas do Estado e utilizados para viabilizar um empréstimo internacional de 52 milhões de dólares.