Faltando um mês e meio para o início da campanha eleitoral, que começa em 16 de agosto, o cenário das candidaturas ainda é indefinido em Campina Grande. Ainda assim, a mobilização dos bastidores na cidade já é bastante forte, sobretudo quando se fala de um tipo de trabalho que não pode aparecer.
Até arapongagem de possíveis adversários já acontece em Campina Grande, com pessoas sendo seguidas em determinados momentos de sua rotina. O objetivo é não apenas flagrar conversações que possam ser consideradas “suspeitas”, mas até mesmo condutas pessoais que afetem a imagem pública de prováveis candidatos tanto da eleição majoritária quando para a Câmara de Vereadores.
PAPELADA
Outra atividade em pleno movimento é a elaboração de dossiês. Tem gente fuçando as ações públicas de pré-candidatos e prometendo relatórios comprometedores. Além de serem usados na campanha em si, esses documentos já teriam o objetivo de, por ora, tentar desestimular candidaturas.
Além disso, assim como aconteceu em eleições passadas, Campina Grande tem um ativo serviço de milícia digital que parte em pleno movimento. Figuras que usam seus perfis pessoais e outros do tipo fake sobretudo no Instagram e WhatsApp para atacar adversários, espalhar ofensas e defender seus clientes com unhas e dentes.
CASA DO SANTA ROSA
Em Campina Grande, as milícias digitais entraram em ação efetivamente a partir de 2012, quando um time de agressores de redes sociais, voltado principalmente à época para o Twitter, se tornou conhecido como “a casa do Santa Rosa”. Aliás, o mesmo grupo que montou aquela equipe está altamente engajado na campanha deste ano.
Já em 2020, mesmo com a campanha morna, um candidato que estava fora da disputa polarizada chegou a montar um bunker para tentar escalar seu nome, com uma operação consistindo em um pequeno grupo de pessoas operando várias contas para detonar concorrentes, estratégia que não rendeu os resultados esperados e por pouco não acabou com uma "visita" surpresa da polícia.