João botou Jhony na rua - E mais: Asas cortadas, chapa, costureiro e sinais...


Por Lenildo Ferreira

Durante passagem por Campina Grande esta semana, para lançamento do Salão do Artesanato, o governador João Azevêdo (PSB) foi questionado, pela enésima vez, sobre se está esperando uma definição do deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) para os encaminhamentos das eleições deste ano.

Como tem feito diante da pergunta repetida, João responde de modo simpático, mas com poucas palavras para não se comprometer e sempre apontando para o nome do aliado, Jhony Bezerra, agora ex-secretário de Saúde que deixou o cargo para ficar apto a ser candidato.

Mais que isso, o governador avisou que é hora de o correligionário cair em campo. “Eu não espero por ninguém, não. Jhony está se desincompatibilizando, vamos colocar a campanha na rua e assim vai”, disse.

“E ASSIM VAI”

A missão de Jhony é árdua. Mesmo sendo até agora o indicado do governador, o que lhe garante amplo apoio da estrutura do Estado, o ambiente eleitoral em Campina Grande não se mostra favorável a outros nomes fora da polarização provável entre Bruno Cunha Lima e Romero Rodrigues. 

E, como todos os oposicionistas, não consegue ver seu nome crescer perante o eleitorado, a menos de quatro meses da votação. 

CHAPA

Por outro lado, esse mesmo ambiente geral parece favorecer uma costura para que Jhony seja realmente o vice de Romero. A mensagem do deputado, enviada por vídeo para a solenidade de homenagens ao ex-secretário na CMCG, causou reboliço no meio político e foi vista como um indicativo claro de proximidade. De fato, ninguém participa de homenagens se não tiver algum tipo de relação com o homenageado...

ASAS CORTADAS

Caso a chapa Romero e Jhony vingue, aliados de João Azevêdo reconhecem que deve haver uma conversa para que o deputado estadual Inácio Falcão, do PCdoB, não seja candidato. E a tendência, nesse caso, seria realmente Falcão suspender o voo eleitoral.

COSTUREIRO

Desafio mais difícil para o governador seria conseguir resolver a questão envolvendo o bloco PSD/PP, partidos sob o comando da família Ribeiro, para tentar evitar uma candidatura própria. A costura passa, essencialmente, pelo futuro do vice-governador Lucas Ribeiro (PP) e da senadora Daniella Ribeiro (PSD). Há algo que João pode propor que resolve de uma vez (assunto para outro dia)...

SINAIS?

Enquanto uma fila se forma de pretendentes a vice de Romero, a situação quanto ao prefeito Bruno é nitidamente oposta. Não há quaisquer maiores demonstrações afetivas de interesse entre aliados em compor a majoritária.    

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