Uma pesquisa de consumo interno realizada por um grupo de vereadores de um grande partido de Campina Grande ratificou o que eles já sabiam: na ponta do levantamento de intenção de voto para o parlamento municipal aparece um suplente que, segundo os próprios concorrentes/correligionários, estaria sendo guindado a uma provável vitória por força de um padrinho de peso.
Como a concorrência já estava acirrada no grupo, ameaçando projetos de reeleições, a perspectiva de assunção de um “estranho” pela força de quem, em tese, deveria retribuir a fidelidade de aliados com mandato, causa indignação, ainda que a maioria fique silenciosa. Pelo menos por enquanto.
Ocorre que a expectativa de derrota somada à queixa de um tratamento tido por injusto pode levar até a retiradas de candidaturas, balançando a já temerária montagem partidária e ameaçando desfazer a costura apertada conduzida às pressas.
Além disso, há os correligionários – e até aliados de outras siglas – desconcertados por uma criticada incoerência ideológica pelo fato de o patrono ser de discurso (público) profundamente adverso ao do apadrinhado.
Mas, nesse caso, o espanto fica somente para aqueles que não conhecem as personagens por trás das máscaras.
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Por Lenildo Ferreira