O retardamento por parte do deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) em anunciar sua decisão em relação às eleições deste ano tem sido interpretado por parcela do meio político como um indício de que o parlamentar não vai atender ao chamamento de boa parte da população e às expectativas de aliados para ser candidato a prefeito.
Todavia, entre as figuras próximas de Romero a postura do deputado é justificada como ocorrendo não por incerteza sobre ser ou não candidato, assunto tido por superado, mas por outro motivo: a complexa definição sobre com quais aliados compor.
Romero teria como alguns dos principais caminhos se aliar com o governador João Azevêdo, do PSB, confirmando uma guinada na sua trajetória política, ou formar a majoritária apenas com o Republicanos, o que seria um movimento considerado mais ameno. Sair candidato sem alinhar-se com ambos os partidos não seria uma tese completamente descartada, mas é improvável.
“SUICÍDIO POLÍTICO”
A ausência de uma decisão, contudo, já causa alvoroço entre “romeristas” e legendas que podem figurar como aliadas. Até mesmo políticos que publicamente ainda estão ao lado do atual prefeito Bruno Cunha Lima (União) pressionam por uma definição. E a opinião é generalizada: a essa altura, Romero enterraria sua carreira política se resolvesse não entrar na disputa.
“Seria um suicídio político. Pior: ele levaria muita gente que confiou nele junto. Não ser candidato é algo que não pode ser considerado uma opção a essa altura”, afirma um político, citando termos fortes que, com uma ou outra variação, se repetem de boca em boca.
“O sonho do Governo do Estado se acabaria. Até a reeleição para deputado ficaria muito, muito difícil. Além disso, Romero ficaria em descrédito perante o meio político e a população que hoje o consideram uma das maiores lideranças da Paraíba e acreditam no seu compromisso com a cidade. Por isso, essa hipótese de não-candidatura pode ser tida como nula”, garante.