O Ministério Público da Paraíba (MPPB) instaurou, nesta quinta-feira (11/07), inquérito civil público para apurar possível dano moral coletivo praticado pelo prefeito de Pombal, Abmael de Sousa Lacerda, o Dr. Verissinho, e por uma servidora da Unidade de Prontoatendimento (UPA) do município, em suposto discurso discriminatório e supostas falas preconceituosas e injuriosas sobre pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O Inquérito foi instaurado pela promotora de Justiça de Pombal em substituição, Rebecca Braz de Melo, que determinou prazo de 15 dias úteis para que o prefeito se manifeste sobre o fato e para que a Secretaria Municipal de Saúde apresente informações sobre a identificação da servidora da UPA e sobre as providências porventura adotadas para apurar eventual falha de dever funcional.
O CASO
A apuração decorre de uma declaração de Doutor Verissinho durante uma solenidade com aliados políticos. “Ajudando as pessoas que têm a infelicidade de terem filho com transtorno a procurarem as escolas do município, os neuropediatras de Sousa estão orientando os pais e mães de Pombal para procurarem a escola do município porque tem cuidador, tem psicopedagogo…”, disse, ao justificar o aumento nas contratações do município.
Em áudio que circula nas redes sociais, uma suposta servidora da UPA da cidade saiu em defesa das declarações do gestor, classificando autistas como “doidos”. “O mundo hoje está cheio de besteira. Um menino autista é um menino doido, e quem quer um menino doido? É infelicidade, não é felicidade não, é infelicidade mesmo”, disse a mulher ao defender o prefeito durante uma conversa no Whatsapp.