Não há quem negue o fato de que a politica é uma caixa de possibilidades, um mundo de ações dinâmicas e velozes e que o processo eleitoral é novo a cada eleição produzindo peculiaridades criando situações inusitadas, promovendo distinção em muitos aspectos em seu processo.
Não obstante a esta realidade, o tempo tende a ser imutável em sua participação neste, isto é, ele é determinante extremamente relevante, é fundamental e porque não dizer também crucial, uma vez que, a despeito de todo tramite processual, tudo gira em torno dele, tudo acontece correndo contra ele, seja o da lei, seja o da prática.
As eleições municipais em Campina Grande este ano não foge a nenhum dos aspectos mencionados acima, elas vivenciam uma particularidade, tem transcorrida com algumas distinções e tem sido marcada por algumas situações inusitadas.
Temos apostas variadas que compreendem cifras e ou outros valores, mas temos também até quem apostou correr nu em torno do açude velho, mesmo correndo o risco de ser preso, e o inusitado não é somente o que se apostou, mas também o objeto da aposta, a efetiva ou não candidatura do Ex-prefeito da cidade e atual Deputado Federal, Romero Rodrigues.
E é esta questão a tônica desta opinião, o tempo do tempo, isto é, o tempo tem um tempo ou “time” (gír.). Já muito cedo quando começou as especulações em torno da candidatura ou não de Romero, o mesmo declarou que tinha um tempo para decidir, o tempo da lei, ou seja, ele tinha um prazo legal estabelecido por lei para tomar a decisão.
O que talvez ele não tenha pensado, é que o tempo da lei, não é o mesmo tempo das ações no processo eleitoral, não é o mesmo tempo da paciência e entendimento dos eleitores, do grupo que até então ele “faz” parte, dos amigos e aliados, dos pretensos grupos e ou aliados que tinham demonstrado interesses em caminhar com ele.
A realidade é que o tempo que ele projetou ter, não foi o tempo que as pessoas todas envolvidas no processo de eleição direta ou indiretamente tinham ou disponibilizaram e o resultado é que ao que tudo indica ele perdeu o time (gír.) preciso de fazer as coisas.
O que no princípio projetou ser uma estratégia inteligente de valorização, tornou-se uma ação equivocada de perdas, prejuízos eleitorais, pois o que parecia ser habilidade e maturidade politica tem se mostrado e sido tratado por muitos, inclusive amigos de perto, como infantilidade e desrespeito, caindo no descrédito e muitos têm dito abertamente que mesmo que ele seja candidato não mais votam nele.
É fato, a politica se desenvolve com muito dinamismo e como dito acima, é um mundo de ações rápidas e neste contexto o time (gír.) de fazer as coisas acontecer, parece fazer jus a uma expressão parafraseada: “o tempo não gira, ele capota”, isto é, ele passa com muita pressa, ele atropela quem está parado esperando por um tempo, e isto acontece porque até o tempo, tem um tempo.