Rueda, presidente do União - Imagem: Divulgação |
Por Lenildo Ferreira
A fala empolgada do presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, durante evento em Serra Branca, quando “lançou” o nome do senador do partido, Efraim Filho, para disputar o Governo do Estado em 2026, foi recebida com grande preocupação nas hostes do prefeito Bruno Cunha Lima.
Afinal de contas, um dos principais motes do grupo publicamente, sobretudo do próprio Efraim, para tentar segurar Romero na aliança em Campina Grande é um suposto apoio ao seu nome para governador na próxima disputa estadual.
O discurso de Rueda, na verdade, pouco diz, já que trata-se de uma declaração normal para um dirigente partidário que não é da Paraíba e, de passagem no estado, no calor de um evento político, naturalmente vai exaltar seu correligionário.
O importante mesmo é o óbvio que todo mundo sabe na Paraíba: Romero jamais seria o nome apoiado pelo União Brasil em 2026. Esse nunca foi o plano. Ninguém da cúpula do partido, quer em Campina Grande, quer na Paraíba em geral pensa nisso.
E mesmo que não fosse assim, o suposto apoio futuro do União, eventualmente do PSDB (que, na prática, deve insistir no nome de Pedro Cunha Lima) e até do improvável MDB pouca relevância teria para viabilizar uma candidatura de Romero a governador.
Sobretudo se ele, como pretende o citado grupo de partidos, decidisse agora não ser candidato a prefeito, prejudicando aliados, dando as costas à cidade e praticamente carimbando a reeleição do prefeito.
Caso isso ocorra, Romero, na verdade, se inviabiliza completamente, comprometendo até um futuro mais básico, que seria sua reeleição para a Câmara Federal.
Ora, se todos sabemos disso, Romero também não sabe?