A guerra fria estabelecida em volta de especulações sobre eventuais processos questionando a desincompatibilização de candidatos a vereador em Campina Grande chegou até aos suplentes.
A ameaça da vez é que, se houver judicialização envolvendo vereadoras eleitas pelo Republicanos, próceres da legenda poderão revidar apresentando ações contra suplentes de alguns partidos, incluindo o União Brasil.
Um nome, em particular, tem sido mencionado: o jovem Plínio Gomes, primeiro-suplente do União, que é irmão do deputado estadual licenciado Sargento Neto (PL) e foi candidato pela primeira vez.
A “acusação” é de que Plínio não teria se afastado do cargo que ocupava na prefeitura dentro do prazo – ou seja, até 06 de julho.
Cópia de documento do Tribunal de Contas mostrando que o suplente eleito recebeu salário referente a julho, quando deveria estar afastado, circula pelo WhatsApp, junto com um “print” da publicação no Semanário Oficial do Município de 14 de agosto com o ato de desincompatibilização.
Apesar da publicação ser de quase 40 dias após a data-limite para o afastamento, a portaria é de 05 de julho. Para os adversários do grupo político de Plínio Gomes, seria mais uma evidência de que ele supostamente teria estado em atividade funcional em julho.
SUPLENTE REBATE
Questionado pelo Hora Agora, Plínio Gomes afirmou que tem todos os documentos que provam que ele se desincompatibilizou dentro do prazo. Segundo ele, o recebimento do salário de julho e a demora na publicação do ato decorreram de uma falha administrativa que, no entanto, foi corrigida. O suplente também esclareceu que fez o estorno do salário.
“Tenho toda a documentação, sei que tudo foi feito conforme a lei e posso garantir, tranquilamente, que essas especulações não têm qualquer fundamento”, afirmou.