Por Lenildo Ferreira
Dinho Papa Léguas foi um dos maiores vencedores nas eleições de outubro em Campina Grande, e isso não ocorreu apenas pelos mais de 4.600 votos que recebeu nas urnas, garantindo a única vaga obtida pelo PSDB.
Além de recuperar o mandato que havia sido perdido por conta de irregularidades cometidas por seu antigo partido, o extinto DEM, em relação às quais o político não tinha qualquer culpa, Dinho conseguiu vencer com folga uma disputa contra a família Cunha Lima.
Como toda a cidade sabe, o PSDB foi remontado (ou, mais precisamente, desmontado) para eleger mais um herdeiro da família, que se empenhou de corpo e alma na campanha de Ronaldo Neto.
Ainda assim, Dinho cravou uma diferença de mais de 1.600 votos contra o rapaz, que teve que se contentar com uma suplência. Mas, como o primo, Bruno, se reelegeu prefeito, a expectativa é de uma assunção ao exercício do mandato mediante a ida de Dinho para uma pasta.
Um ajuste considerado, em tese, simples, já que Papa Léguas tem muita identificação com a Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer, a qual ocupou durante o atual governo. Só que, na atual conjuntura, a coisa não deve ser tão simples assim.
Primeiro, Dinho sabe que a família de Bruno trabalhou pela eleição de Ronaldo Neto e em detrimento do seu nome. Segundo, ele almeja voos maiores, inclusive em 2026, quando espera garantir a titularidade de uma cadeira na Assembleia Legislativa – o que faria Ronaldo assumir de vez na CMCG.
Logo, Papa Léguas tem a faca e o queijo na mão. Ele não apenas pode como deve pedir mais e, em verdade, já teria pedido. A começar por uma secretaria maior. Aliás, esse é um pedido que já cria impasse no não iniciado segundo governo de Bruno. Assunto para futuras considerações...