A morte é primariamente um castigo aplicado ao homem pelo Criador, em razão deste (homem) de forma deliberada fazer a escolha infeliz de comer do único fruto que não era livre de consequências ao ser provado, experimentado, comido. A consequência? A morte.
Como castigo a morte tem o papel primordial e fundamental de fazer doer, de machucar, de provocar sentimentos pesarosos, de sempre nos fazer refletir na realidade da vida e da morte, isto é da existência da vida e ou o fim desta, a morte ainda recorrentemente nos traz a clareza ou o entendimento do que é a vida.
Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece (Tiago 4.14).
Este vapor pode ser compreendido nas palavras de meu avô paterno Francisco Pacheco de Brito que viveu 95 anos e que repetidas vezes na longevidade que nós achamos em 95 anos, dizia ele: “parece que foi ontem que eu nasci”, ou seja, para nós muitos anos, para ele um dia, um vapor que surgiu e que logo se desfez.
Cristãos ou não, crentes na Bíblia ou não, fato é que desde sempre a morte cumpre seu papel de forma que passados todos os séculos ou milênios desde a existência do homem, sendo conhecida como a única certeza que este tem a vivenciar um dia, ninguém conseguiu mudar as consequências ou ainda adaptar-se quando ela se apresenta a nós.
Ricos e pobres, pretos e brancos, altos e baixos, cultos e leigos, bons e maus, a morte é a certeza de um castigo que desconhece classes sociais, culturas, condições econômico-financeira e ou quaisquer outros aspectos da vida de um homem, ela alcança indistintamente a todos, porque ela foi estabelecida como dito, castigo para as almas viventes.
Nas mais diferentes culturas, os rituais se diversificam, alguns em extrema solenidade e pesar, outros singelos, mas em manifestações festivas, barulhentas e que duram dias, mas seja como for o interior do homem no recanto silencioso da sua alma, a dor, a tristeza, o pesar a reflexão da vida, se faz presente, é uma realidade imutável.
A morte tem sido tema de discussões e trabalhos acadêmicos, a ciência tem apontado como elemento de papel importante à sociedade, apresentando algumas funções para o desenvolvimento da mesma, entendendo a importância por exemplo, na transmissão de costumes de uma cultura entre gerações.
Ainda aponta a importância da morte para a sociedade quando entendem toda a mobilização existente quando do falecimento, movimentando ou despertando emoções, rituais, crenças e comportamentos dos mais variados e que estão diretamente relacionados com a morte.
Não obstante aos apontamentos e ou definições científicas, a morte está diretamente relacionada a relação do homem para com o seu criador e este deve ser o principal e fundamental aspecto a ser analisado na morte, pois o que foi posto por quem a estabeleceu isto é, o criador Deus, autor da vida, foi o sentido de perda por ou na separação.
Morte é separação de momentos de pessoas de acontecimentos de ações de sentimentos de expectativas de projetos de sonhos de algo mais de tempo, etc., pois todas estas coisas estão postas para os vivos, para os que morrem nada mais há de se ter e ou fazer, nem mesmo a consciência, por isso a tristeza e dor dos vivos que perdem os seus, entes ou amigos.
Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento. (Eclesiastes 9.5)
Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma (Eclesiastes 9.14)
Morte é separação, do antes e o depois, de quem vai para quem fica, da agitação e aglomeração do muito, o barulho das coisas existentes e calor da vida, para o isolamento e silêncio de uma tumba fria, e mais, quando pensamos o que é de fato a existência do homem, é a separação das oportunidades de vida futura para o selamento de um destino eterno.
E esta separação que independentemente de quem morre gera todas as perdas possíveis e imagináveis, porque deste mundo não se leva nada como cantava Silvio Santos é ainda pior quando enquanto vida se tinha e oportunidades vivia, não se fez as escolhas certas para o selamento de um futuro eterno feliz.
Quando vemos a morte diante de nós, isto é, quando perdemos ou nos separamos de quem é próximo, de quem gostamos, amamos precisamos fundamentalmente reflexionar sobre o selamento de nosso futuro e buscarmos a Deus enquanto vida temos, enquanto há oportunidade, para não perdermos ou nos separarmos d’Ele por toda a eternidade.
E isto só acontece, só é possível, se aceitarmos o seu filho Jesus Cristo como Senhor e Salvador de nossas vidas que é quem nos garante um final feliz, ou um futuro eterno de paz.