Eleição para a presidência da CMCG põe base governista em pé de guerra


Dezembro chegou sem sinal de solução para o impasse referente à eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Campina Grande e com um clima de guerra fria entre os vereadores que formam o núcleo aliado do governo Bruno Cunha Lima 2, que ainda nem começou e já enfrenta o desafio de não permitir que a disputa frature a base.

Estão de olho na cadeira de presidente Saulo Germano, Alexandre do Sindicato, Pastor Luciano Breno, Fabiana Gomes e Carol Gomes. Ou seja, num bloco com doze vereadores eleitos, cinco concorrem. E quase todos têm a certeza de contar com a preferência do prefeito.

A tal guerra fria, contudo, está cada vez mais ficando menos fria, conforme o dia-limite da decisão, 1º de janeiro, se aproxima. Dos cinco, o nome que reúne mais apoios (inclusive fora da base governista) é exatamente o não preferido do prefeito, que, todavia, dificilmente iria assumir publicamente sua “despreferência”.

Dos quatro restantes, cada um tem a convicção de ser o escolhido de Bruno. Como um por um chegou a essa conclusão, é um mistério. E parte dos que se julgam preferidos espera um murro na mesa do prefeito, uma decisão terminativa que, como por decreto, resolva o impasse e quase nomeie o próximo presidente.

Bruno, por seu turno, pouco chegado a apagar incêndios deste tipo, tem escolhas difíceis a fazer. Se deixar o processo por conta dos vereadores, abre mão de tentar estabelecer uma expectativa de melhores tempos na relação com o legislativo e entrega o futuro à sorte. 

Se engrossar o tom e escolher, quase impondo, um aliado, aprofunda as defecções em sua historicamente problemática base. E, para tanto, ainda terá que explicar eventual veto ao nome “despreferido” e lidar com as consequências – inclusive sobre relações somente há pouco reconstruídas.

Não há opções amenas e a cada dia que passa a decisão fica mais difícil. E nem adianta o prefeito esperar por um milagre da pacificação autoconstruída entre os vereadores aliados. Até porque eles podem até ser doze, mas não são os apóstolos - embora um ou outro talvez tenha certa vocação para Judas...

Postagem Anterior Próxima Postagem