Justiça tenta há um ano e meio localizar celebridade que “se apropriou” de clássico evangélico

Vídeo do cantor interpretando a música já tem 2,2 milhões de vistualizações - Reprodução Youtube

Celebridade foi acionada por cantor evangélico após, segundo a denúncia, se apropriar de autoria de louvor dos anos 90

A Justiça de Pernambuco tenta há mais de um ano e meio, sem sucesso, citar (comunicar pessoalmente) o famoso cantor Eduardo Costa de um processo movido contra ele pelo pastor e cantor evangélico Armando Filho. O artista sertanejo não foi localizado em nenhum dos endereços informados até agora.

Apesar de ser uma celebridade, presente constantemente na mídia, nas redes sociais e em shows por todo o Brasil, Eduardo Costa não foi formalmente localizado, o que impede o avanço do processo movido por Armando Filho. 

Diante da surpreendente dificuldade, a Justiça pernambucana encaminhou desde junho para o Judiciário de Minas Gerais, onde foi apontado que Eduardo Costa estaria morando, uma carta precatória para tentar citá-lo. Até agora, a medida também não obteve êxito.

CASO É IMPRESSIONANTE

Segundo a ação demonstrou, Eduardo Costa simplesmente registrou como sendo de sua autoria uma música do pastor, compositor e cantor Armando Filho, que é nada menos que um dos maiores clássicos contemporâneos da música evangélica e foi lançada em 1990 (no disco Final Feliz).

Trata-se da canção “Mover do Espírito”, também conhecida como “Quero que valorize”, cantada há mais de três décadas nas igrejas evangélicas de todo o Brasil. Em 2018, a música foi registrada por Eduardo Costa sob o título “Você tem valor” – mas, em publicações como o Spotify, a canção na voz do sertanejo também é denominada “Quero que valorize”.

Eduardo registrou como sua a música de Armando Filho em vários órgãos, como a União Brasileira de Compositores e o Ecad, afirmando ser o autor da composição. 

Fac-símile de registro feito pelo sertanejo


De acordo com o pastor, durante mais de dois anos desde que tomou conhecimento da “apropriação”, ele tentou conversar com a produção de Eduardo Costa para tratar do assunto, mas, sem sucesso, recorreu à Justiça. 

Através do seu advogado, José Fabiano Lopes Lino de Oliveira, Armando pede a condenação da celebridade por ferir direitos autorais e, ainda, em lucros cessantes e indenização por dano moral totalizando o valor de R$ 1 milhão.

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Lenildo Ferreira - Hora Agora (Proibida a reprodução sem autorização e citação da fonte)

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