A Câmara de Vereadores de Campina Grande – Casa de Félix Araújo parece não querer fugir a grande balburdia e inversão de papéis, que o cenário jurídico e político nacional tem vivenciado nos últimos tempos, com descaramento, desde que Bolsonaro foi eleito Presidente da República.
É que assim como em Brasília que as coisas não seguem mais o curso natural delas, aqui a coisa caminha na mesma direção, onde funcionários da casa querem mandar mais do que os vereadores eleitos, determinando quem pode ou não protocolar projetos de leis e quais projetos.
Em resumo, quem é pago apenas para protocolar, tem mais poder de quem foi eleito para legislar.
Ainda falando da mesma casa, esta não quer ficar atrás dos companheiros de desordem de Brasília em nenhum quesito. Ontem em reunião a portas fechadas na presidência um vereador foi chamado a atenção por abster-se de votar em um projeto apresentado, por um dos colegas.
Vale salientar que o vereador que por direito se absteve, foi eleito por mais de 4.000 votos, ou seja, mais de quatro mil eleitores que o escolheram por se identificarem com suas propostas, pensamentos e pautas, e cujo projeto apresentado contrariava exatamente tudo que defende.
Logo, votar o projeto em questão era contrariar não somente a si, mas a todos os eleitores que nele confiaram a representação, identificando-se com o mesmo exatamente por este conjunto de pensamentos, princípios e valores defendidos.
Na repreensão feita ao vereador o que lhe foi dito é que ele queria causar confusão, isto é, tumultuar o ambiente. Isto só prova a falta de consciência dos que lá estão, que não sabem o que aquela casa representa, o sentido de estarem lá, isto mostra o grau de incompetência dos muitos eleitos.
Mostra também o resultado de anos de governos progressistas a frente do País, com um discurso vazio de democracia e esta ainda mais subjetiva, mas uma prática nefasta de censurar, calar, tolher, amordaçar entre outros, e que a Câmara de Campina Grande nesta composição quer fazer valer.
Em resumo, liberdade e direitos só para os pares, os iguais, os amigos, os que pensam semelhantemente, a turma, os chegados, o grupo, aos diferentes, os de fora, censura.
Ainda em Campina Grande, repercute a exoneração do Ex Secretário Municipal o Deputado Estadual, Sargento Neto, que esteve a frente da SESUMA – SECRETARIA DE SERVIÇOS URBANOS E MEIO AMBIENTE.
Segundo o próprio, o conhecimento de sua exoneração se deu através da imprensa, isto por si só já é motivo de muitas conversas, insinuações discussões e repercussões nos quatro cantos da cidade, principalmente com o advento da internet e suas redes sociais.
No entanto, a grande repercussão do caso é o fato noticiado nas redes sociais, nas diversas páginas de notícias da cidade a motivação de sua exoneração, que segundo quem comenta, teria sido suas falas em destrato ao Presidente da República, o que teria desagradado Veneziano, aliado do mesmo.
E ao que parece até o próprio Deputado está inclinado a entender assim, tanto é que uma de suas falas após o acontecido é de que suas palavras não eram como Secretário do Município, mas como cidadão, também corrobora o fato dele declarar que continuaria sim a criticar o presidente.
Bom, se foi este o motivo ou não, fato é que não se pode condenar Veneziano como muitos têm feito, acusando-o de ser o responsável pela exoneração, o Senador tem feito um grande esforço em Brasília para ajudar a prefeitura, e tem conseguido.
Então não é justo e se ele interferiu, o fez no direito, e na razão de quem é hoje aliado de primeira mão do Prefeito Bruno, sendo responsável por investimentos financeiros importantes e fundamentais para a gestão, conseguidos de certa forma em razão de sua aliança com o Presidente.
Como o motivo não é declaradamente certo, outras situações podem ser responsáveis pela saída do Sargento Neto da secretaria, há quem diga que pesa sobre o mesmo muitas reclamações de sua conduta a frente da mesma, a começar pela sua postura altiva, soberba frente aos seus comandados.
Ainda, muitas reclamações de amigos próximos deste ensoberbecimento que estava resultando na falta de atenção para com estes, falta de comunicação com os vereadores, falta de acessibilidade a pessoa do secretário por todos.
E na política quem vive dela tem que entender, que neste meio ninguém é dono de nada, ninguém é superior a ninguém todos têm um politico de estimação assim como todos os políticos têm seus servidores de estima, e aí uma hora sobra para quem não entende.
Em resumo, política não é para amadores.