Após mais de um ano foragidos do Brasil, o casal Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias foi finalmente localizado e preso na Argentina em 29 de fevereiro de 2024, gozando de boa vida nos arredores da capital daquele país, onde os dois viviam, juntamente com os filhos, em um condomínio de alto padrão.
A prisão reacendeu as esperanças das milhares de vítimas lesadas pelas Braiscompany de reaver parte do prejuízo sofrido.
Todavia, quase um ano depois, Antônio e Fabrícia não foram extraditados para o Brasil, as ações na esfera federal se arrastam e as sentenças e execuções determinando o pagamento de valores a clientes jamais se cumprem – pelo menos até onde se sabe, já que o principal processo, movido pelo Ministério Público Estadual, corre em segredo de Justiça e ninguém pode dar certeza que o mesmo não ocorra com ações individuais.
A falta de informações claras, aliás, é outro duro golpe sobre as milhares de vítimas. Não há clareza sobre o montante exato de bens, valores e criptoativos bloqueados pela Justiça para ressarcimento de clientes.
Tampouco existem explicações sobre os motivos da demora na extradição de Antônio e Fabrícia, que pouco tempo ficaram realmente presos na Argentina – ela foi para casa no dia seguinte e ele, cerca de dois meses depois.