Alguns trechos da longa nota divulgada há pouco pela Fundação Pedro Américo – Hospital Help, em tréplica às declarações do secretário de Saúde do Município, Dunga Júnior, que mais cedo havia refutado a cobrança feita pelo empresário Dalton Gadelha (foto), trouxeram pontos que chamam a atenção.
Ao reafirmar o montante cobrado por Dalton na imprensa, a nota revela que a fundação possui ofício em que o próprio Dunga reconheceria a dívida.
Além disso, apresenta documentos e aponta detalhes sobre notícias de fato apresentadas junto ao Ministério Público, inclusive com pedido de investigação para localizar os recursos que obrigatoriamente deveriam ter sido aportados no Help, por se tratar de verba carimbada.
“Por isso, a notícia de fato pede que a apuração faça a busca pelo recurso, em técnica denominada de follow the money para identificar o destino de verbas carimbadas e creditadas há muito tempo pelo Ministério da Saúde nas contas do Fundo Municipal de Saúde que tinha a obrigação de fazer o necessário repasse ao HELP”, afirma trecho da nota.
Na sequência, o documento aponta as consequências que podem decorrer da apuração. “Acaso se confirme eventual desvirtuamento, é possível que as autoridades envolvidas respondam por improbidade administrativa e, no âmbito criminal, por crimes contra a Administração Pública”, consta da nota.
Sobre o desmentido de Dunga Júnior, a resposta do Help foi igualmente dura: “Preferimos crer que a manifestação contraditória do secretário reflete muito mais uma falta de conhecimento, de comunicação com seus próprios servidores e uma total desorganização da pasta que comanda do que propriamente a má fé que, de forma aparente, também não se descarta”.