Por Lenildo Ferreira
O prefeito de Patos, Nabor Wanderley, poderá ser guindado para o primeiro quadro da política tabajarina devido à ascensão do seu filho, Hugo Motta, à presidência da Câmara Federal.
Caso o jovem neto da deputada estadual Chica Motta contrarie a expectativa justificadamente crescente e não venha ele mesmo disputar a eleição para governador, o pai já é cotado até para uma candidatura ao Senado da República.
Diante da matemática complicada que envolve a composição do grupo governista para 2026, Nabor já cuida de ser uma peça em movimento no tabuleiro da política estadual, marcando terreno e buscando se colocar em posição de destaque.
Na lógica do raciocínio está a perspectiva de que o desempenho de Hugo em Brasília poderá consolidá-lo numa posição de liderança proeminente na Paraíba, sobretudo diante da carência aguda de expoentes cá por estas bandas, onde mesmo os nomes do primeiro escalão não amarrariam as chinelas dos chefes políticos de outrora.
Caso Hugo Motta não entre na briga pelo Palácio da Redenção e o governador João Azevêdo acabe não saindo candidato, as chances do prefeito de Patos de ser um dos candidatos ao grupo ao Senado deixará de ser uma possibilidade para ser uma probabilidade.
Em política, saber prever cenários, antecipar movimentos e ocupar espaços é fundamental para o sucesso. Em 2026, Nabor inteligentemente pode inverter a lógica e assumir protagonismo no rumo inverso da ordem hereditária comum: o pai no caminho pavimentado pelo filho.