Por Lenildo Ferreira*
A federação a ser formada entre o União Brasil e o Progressistas representa um cenário de tentar juntar água e óleo na Paraíba. Não por acaso, o clima esquentou nos últimos dias entre o senador Efraim Filho (União) e o vice-governador Lucas Ribeiro (Progressistas).
Afinal de contas, quem ficar de fora do comando da federação terá que, muito provavelmente, procurar outro destino partidário – ou mudar radicalmente de lado em termos da política estadual, já que o UB é oposição ao Palácio da Redenção, enquanto o PP é governo.
Ao seu estilo, Efraim faz barulho e espera contar com um apoio decisivo do comando nacional da federação. Mas, ele sabe que sua missão é bem difícil. Afinal, quando a disputa vai para a balança, seu partido conta apenas com ele mesmo e com o discretíssimo deputado federal Damião Feliciano.
Por outro lado, o núcleo progressista tem uma senadora (Daniella Ribeiro), dois deputados federais (Aguinaldo Ribeiro e Mersinho Lucena), o prefeito da capital (Cícero Lucena) e o vice-governador do Estado (Lucas Ribeiro), com chances reais, portanto, de ascender ao governo da Paraíba em 2026.
Matemática, lógica e politicamente, a tendência óbvia seria o comando do bloco ficar com o grupo majoritário.
Logo, a missão de Efraim Filho é árdua e, se ele vier a ganhar a disputa, demonstraria ter propulsão para até voar mais alto.
Do contrário, o resultado talvez mostre que, politicamente, foguete que não dá ré pode cair do céu ou explodir em pedaços...
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Lenildo Ferreira é jornalista formado pela UEPB, especialista em política, atuando profissionalmente desde 2008. Foi repórter do Jornal da Paraíba, A União, colunista de política do Diário da Borborema e comentarista convidado da TV Borborema. Atualmente, é editor do Jornal do Meio-Dia, da Campina FM. Atua nos setores de estratégia de campanhas políticas desde 2012. É advogado com especialização em Direito Eleitoral e Direito do Consumidor.