A reação do secretário de Esporte, Juventude e Lazer do Município, Ronaldo Cunha Lima Neto, às críticas do vereador Frank Alves (Podemos), que apontou o que considera uma condição de abandono da Vila Olímpica Plínio Lemos, foi dura, sobretudo ao expor uma suposta postura dúbia do parlamentar.
É que Ronaldo, durante entrevista à Rádio Correio FM, afirmou que foi surpreendido pelas declarações do aliado porque, segundo relatou, ele pessoalmente dialogou com o vereador sobre demandas da pasta, inclusive o caso da Vila Plínio Lemos.
“Fui pego totalmente de surpresa. Ele foi completamente infeliz no comentário. Não sei se foi para me atacar, me denegrir ou se aparecer politicamente. Sempre o atendi. Todas as demandas foram atendidas. Estivemos juntos. Andamos pelo Plínio Lemos”, disse.
Ronaldo Neto também acusou Frank Alves de atingir os servidores da secretaria ao questionar o trabalho de limpeza da vila. “A crítica dele foi com nossa equipe dos prestadores de serviço. Ele precisa respeitar nossa equipe. Isso foi um murro no estômago dos nossos prestadores de serviço”, reclamou.
SEM CITAR O NOME
Um fato notório durante a fala de Ronaldo Neto foi que ele evitou mencionar o nome do ex-secretário da pasta Dinho do Papa-léguas, correligionário do PSDB com quem disputou diretamente uma cadeira na Câmara, sendo derrotado fragorosamente apesar de todo o empenho da família Cunha Lima.
Coincidência ou, Ronaldo Neto, ao rebater a comparação feita pelo vereador entre sua gestão e a de Dinho, evitou citar o nome do antecessor. “Ele (Frank Alves) elogia a gestão de um secretário anterior, esquecendo que 100% da equipe de limpeza era a mesma”, comentou.
A omissão pode ter sido mero acaso, mas, quem conhece um pouco dos bastidores da política sabe da forte indisposição gerada no ambiente da tradicional família em relação ao mais votado do PSDB, afinal, até há pouco, seria impensável um Papa-léguas deixar Cunha Lima para trás.